Conheça esse trabalho: https://padlet.com/tainalavado27/e02ixn227eljvcqi |
Altura, duração, intensidade e timbre quando trabalhados sequencialmente nos trazem ritmo e melodia e de maneira simultânea, a harmonia. Mas ruídos, distorções, falta de formalidade e desvios também complementam o conceito de composição.
Bem... falamos um pouquinho sobre o que é essa combinação de sons e silêncios: a música.
Todos os estilos, num momento ou outro nos chegaram aos sentidos, a vibração, a sensação de euforia ou a introspecção apresentaram novas formas de conduzir nossos pensamentos, nossas palavras, nosso corpo. Porém, nem todo barulho é música? Será?
Toda música é boa? Depende?
A relação humana com a arte é concomitante à sua existência, flautas de osso datadas com cerca de 60 mil anos estão expostas em museus, a noção de ritmo e compreensão harmônica são presentes desde a mais tenra idade, não só em humanos, diversos outros animais partilham dessa capacidade.E para a nossa sorte, temos o trabalho da aluna Tainá Lavado, Escola Estadual Conde de Parnaíba, em Jundiaí, que expõe habilmente conceitos e explicações sobre melodias e culturas musicais. Podemos até brincar com as palavras ao dizer que quem não gosta de música, bom sujeito não é?
Se você curte música, acompanhe o trabalho da Tainá... e Tainá, PARABÉNS! SEU PADLET É SHOW!
Um indígena africano toca uma melodia em sua flauta de bambu. O músico europeu terá muito trabalho para imitar fielmente a melodia exótica, mas quando ele consegue enfim determinar as alturas dos sons, ele está certo de ter reproduzido fielmente a peça de música africana. Mas o indígena não está de acordo pois o europeu não prestou atenção suficiente ao timbre dos sons. Então o indígena toca a mesma ária em outra flauta. O europeu pensa que se trata de uma outra melodia, porque as alturas dos sons mudaram completamente em razão da construção do outro instrumento, mas o indígena jura que é a mesma ária. A diferença provém de que o mais importante para o indígena é o timbre, enquanto que para o europeu é a altura do som. O importante em música não é o dado natural, não são os sons tais como são realizados, mas como são intencionados. O indígena e o europeu ouvem o mesmo som, mas ele tem um valor totalmente diferente para cada um, porque as concepções derivam de dois sistemas musicais inteiramente diferentes; o som em música funciona como elemento de um sistema. As realizações podem ser múltiplas, o acústico pode determiná-las exatamente, mas o essencial em música é que a peça possa ser reconhecida como idêntica.
Nattiez
NATTIEZ, Jean-Jacques. Music and discourse: toward a semiology of music. New Jersey: Princeton University Press, 1990.
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