quarta-feira, 30 de outubro de 2019

EE PAULO MENDES TEM ALUNO MEDALHISTA DE OURO NA OBA - OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA




O aluno Nícolas Souza Marazzio, do 9º ano do EF da EE Paulo Mendes Silva, sob a orientação do Prof. Élcio Souza Lopes,  foi um dos finalistas da OBA 2019, tendo recebido  Medalha de Ouro. 

Parabéns Nícolas e Prof. Elcio. 




Entendendo o que é OBA e MOBFOG

A OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica) e a MOBFOG (Mostra Brasileira de Foguetes) são eventos abertos à participação de escolas públicas ou privadas, urbanas ou rurais. 

Podem participar da OBA e da MOBFOG alunos do primeiro ano do ensino fundamental até alunos do último ano do ensino médio, sendo que da MOBFOG também podem participar alunos do ensino superior. 

A OBA e a MOBFOG ocorrem totalmente na escola, em uma única fase  dentro de um só ano letivo;  desta forma os certificados e medalhas são recebidos pela escola no mesmo ano do concurso. 

Ao final da OBA e da MOBFOG todos os alunos recebem um certificado de participação, assim como todos os professores envolvidos no processo, os diretores e a escola.  

ALUNOS DA EE PROFº ANTONIO DUTRA PARTICIPAM DA PALESTRA “HIROSHIMA E NAGASAKI: OS LIMITES DA BARBÁRIE E AS LIÇÕES PARA A HUMANIDADE”

A palestra foi parte da programação ligada à exposição “Hiroshima e Nagasaki: Os Limites da Barbárie e as Lições para a Humanidade”. A mostra, reuniu painéis e maquetes, marcando os 74 anos do bombardeio das cidades japonesas, ocorrido em agosto de 1945. 


O evento foi realizado no Plenário Vereador Abílio Monte, na Câmara Municipal de Itatiba, com o apoio da União Cultural Nipo-Brasileira de Itatiba reunindo estudantes de diversas escolas do município dentre eles, alunos do 3º ano EM do Dutra, acompanhados dos professores de História Valdecir Bernardino Barreiro e Profª Neusa Maria Palladino Simas. 

Os japoneses Takashi Morita, e Junko Watanabe relataram suas experiências durante o bombardeamento atômico à cidade de Hiroshima. 

Takashi Morita: “Eu era um policial de 21 anos quando a bomba atômica atingiu Hiroshima. O ataque aconteceu de manhã, em um dia bonito de sol. Lembro-me do barulho de explosão, do clarão, e depois de uma leve chuva cair sobre a cidade. A sensação era de que eu estava no inferno. Eu me machuquei muito, meu corpo ficou todo queimado, meu cabelo caiu. Perdi muitos amigos nessa tragédia. Quando cheguei ao Brasil, fui muito bem acolhido. Hoje tenho 95 anos e estou muito bem. Nós, japoneses, desejamos que atrocidades como esta nunca mais aconteçam. O mundo precisa de paz”. 

Kunihiko Bonkohara: “Eu nasci na província japonesa de Shizuoka, na costa central do Pacífico - terra que abriga o Monte Fuji, o pico mais alto do Japão, com 3.776 m de altura. Em março de 1945, mudei com minha família para Hiroshima. A cidade tinha 360 mil habitantes, na época. Na manhã da tragédia, minha mãe tinha saído com minha irmã. Eu fui com meu pai ao seu escritório. Eu era o filho caçula. De repente, vi um clarão. O epicentro da bomba aconteceu há dois quilômetros de onde estávamos. Tudo foi aos ares. Depois, ficou tudo escuro e choveu. Quando saí com meu pai para procurar minha mãe e irmã, pudemos ver melhor a destruição na cidade. Além dos corpos queimados, os sobreviventes andavam sem rumo, suplicando por água, por socorro médico. No rio e no mar, muitos corpos boiando. Eu me lembro como se fosse hoje toda a experiência que vivi. Depois disso, soldados americanos e australianos entraram na cidade e montaram cercos impedindo o acesso da população a vários lugares. Dos 360 mil habitantes, aproximadamente 140 mil morreram na tragédia. Para piorar a situação da cidade, em setembro do mesmo ano, o Japão passou por dois tufões. Cheguei sozinho ao Brasil em 1961, com apenas noventa dólares. Até os 30 anos de idade, sentia minha saúde muito debilitada, contraí tuberculose. Depois, passou. A estimativa de vida de quem foi exposto à bomba era de 2 anos. O que me preocupa ainda hoje é o perigo nuclear. Muitos países estão realizando testes. Muitos deles têm usinas nucleares, incluindo o Brasil. E não se sabe muito bem como e onde são armazenados os lixos radioativos. Por isso, temos que ficar atentos. O que aconteceu, jamais pode se repetir”. 


Após a palestra os alunos puderam fazer perguntas aos convidados, havendo excelente participação deles; comentaram que  foi muito boa, oportuna e sensível. “Foi uma oportunidade única que realmente não poderia ser perdida”.




A Escola foi agraciada com o livro escrito por Takashi Morita, autografado em japonês.